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O Medo de Não Ser Bom o Suficiente

  • Foto do escritor: Tabata Panozzo
    Tabata Panozzo
  • 2 de set. de 2024
  • 3 min de leitura

Atualizado: 15 de set. de 2024

Apesar de pouco falado, o medo de não ser bom o suficiente é uma sombra que persegue a maioria das pessoas que estão passando por dificuldades em suas vidas. Ele interfere de modo direto em nossos relacionamentos, trabalho e na relação com nós mesmos. Pode até parecer um medo comum e superficial, mas ele traz em si uma ameaça significativa: uma insegurança que nos acompanha sem entendermos o porquê.


Normalmente, experimentamos tal medo porque o conhecemos e fomos programados para senti-lo quando ainda éramos crianças, por meio de nossos "programadores", ou seja, os adultos que cuidaram de nós e nos apresentaram a vida por meio de suas lentes. Através de suas críticas infelizes que subestimavam as nossas capacidades e habilidades, crescemos sendo comparados com outras crianças "melhores e mais habilidosas" do que nós. Tal comportamento, na mente de um indivíduo que está iniciando a descobrir a si mesmo e aprender sobre a vida, é um prejuízo imenso e deixa marcas profundas. O fato do passado estar distante não significa que não tenha um peso sobre nós, e que não comprometa o presente e o futuro.


E assim, crescemos com o sentimento de sermos inadequados, de não sermos bons o suficiente. Quando somos adultos, se conseguimos por grande esforço, realizar algo positivo para nós e para o mundo, mesmo assim entraremos em um conflito interno, pois a principal parte de nós diz que somos uma farsa, conhecida como a famosa síndrome do impostor. É uma batalha interna que chega a ser exaustiva e, quase sempre, "jogamos a toalha" e aceitamos viver com esse peso.


Racionalmente, juntamos esforços para o melhor que possamos fazer, com as circunstâncias e ferramentas que possuímos, mas nunca parece ser o bastante. Vivemos inseguros e infelizes, pois estamos sempre buscando a validação externa para tudo o que fazemos. Se recebemos tal validação, ficamos eufóricos e entusiasmados porque comprova a nossa capacidade, todavia, se isso não acontece, entramos em um buraco negro de frustração e insegurança que sequestra a nossa criatividade e leveza. Afinal, se as primeiras pessoas que temos contato na vida e que ansiávamos desesperadamente que nos amassem e nos aceitassem, acabam por dizer que somos insuficientes, incapazes, que "não prestamos pra nada", entre outras expressões, como poderíamos não acreditar neles? Assim, essas crenças que já se tornaram convicções, permeiam nossos pensamentos, sentimentos e ações ... ah, e claro, os nossos resultados porque a tendência será repetir os padrões automatizados no subconsciente.


Contudo, não se engane, a mente subconsciente não é boa nem má, apenas segue à risca as informações que foram programadas nela. A neurociência traz com clareza a explicação de todo o processo relatado acima do ponto de vista fisiológico. A mente é moldável e possamos desenvolver qualquer comportamento ou sentimento que desejarmos.


Sendo assim, como podemos transcender esse padrão mental que sabota a nossa autoestima e bem estar?


A saída está em lançar luz sobre nossas feridas emocionais para que possamos liberá-las e curá-las. Precisamos deixar para trás todo o peso que não nos serve mais, não só do ponto de vista racional, pois acredito que já deva ter provado fazê-lo algumas vezes, mas num nível mais profundo. Ir de encontro com aquela criança ferida, machucada e que por tanto tempo buscou o seu lugar no mundo. Só assim, poderemos reconhecer hoje o nosso valor, e iniciar a relação amorosa mais incrível de nossas vidas: nós com nós mesmos!


Com Amor,

Tabata



 
 
 

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